Tudo o que Kim Kardashian toca “vira ouro” e você precisa entender por quê.
Parceria da empresária com a C&A prova mais uma vez o sucesso está em uma marca bem construída.
Quando Kim Kardashian veio ao Brasil para lançar sua coleção feita em parceria com a C&A. Em apenas 24 horas passadas em terras tupiniquins, a moça fez voar das araras as peças que entraram em pré-venda em uma loja física de São Paulo e no e-commerce da rede. Fãs lutaram para vê-la. Blogueiras disputaram 10 segundos de troca de conversa e um selfie com a empresária. A imprensa e a indústria de moda brasileiras passaram o dia em frenesi. Mais importante, os produtos da parceria se esgotaram rapidamente. Por que isso aconteceu? O furacão Kardashian não é obra do acaso.
O nome Kim Kardashian é polêmica na certa. As pessoas em geral parecem não entender o que essa estrela de reality show, considerada muitas vezes fútil pela opinião pública, tem a ensinar sobre administração. Se você não sabe do que estou falando ou nunca nem ouviu o nome de Kim, leia esse meu artigo, que conta um pouco sobre seu caminho de menina comum a marca global.
Em poucas palavras, Kim era só mais um rostinho bonito que transitava pelas baladas de Hollywood, até que os contatos certos somados a um vídeo de sexo vazando na internet lhe tiraram do anonimato. O que a levou ao patamar de uber celebridade, porém, foi como ela e sua família lidaram com a situação: agarraram a fama repentina e a transformaram em oportunidade de negócios.
Depois do vazamento do vídeo, as Kardashians assinaram um reality show no canal E!, e usaram o programa como plataforma de marketing para suas lojas de roupas e outros empreendimentos. Hoje, 10 temporadas depois, a família acumula mais cinco programas de televisão, várias unidades de suas lojas de roupas Dash, linhas de cosméticos, perfumes, e coleções de roupas especiais feitas para várias marcas diferentes.
A mais recente dessas parcerias de moda foi justamente a “Kim Kardashian West para C&A”. A empresária, que é casada com o produtor e rapper Kanye West, colaborou com uma coleção cápsula especial para o dia dos namorados, baseada em seu estilo. Não por acaso, a linha foi e ainda está sendo um sucesso. Mais da metade dos produtos estão esgotados no e-commerce da C&A.
Esse caso exemplifica um fato facilmente identificado ao analisar os negócios de Kim Kardashian: tudo o que ela toca “vira ouro”. Para isso existem razões relacionadas à administração, com as quais precisamos aprender. Vejamos algumas:
Branding importa
A palavra que deve vir à mente do empreendedor ao ouvir “Kardashian” é branding. Enquanto pessoa pública, Kim é a sua própria marca, e o que ela vende é a imagem de si mesma e de sua vida, que construiu ao longo dos anos. No caso da C&A, a coleção de roupas condiz com o estilo vendido por Kim nas redes sociais. Esse alinhamento do produto à marca é essencial para que o consumidor, que nesse caso é também fã e seguidor, sinta vontade de adquirir o que está sendo oferecido. A ideia é que ao comprar roupas comparáveis às de Kim em estilo, algo de sua sensualidade, glamour e senso fashion também podem ser capturados e reproduzidos.
Parcerias certeiras
Falando em branding…Uma empresa que quer se tornar parceira porque entende sua marca é um passo importante para o sucesso. Em negócios, não adianta se aliar a alguém que quer uma coisa diferente do que você oferece. Kim sabia que a coleção teria que ser a sua cara para vender bem. A C&A acertou ao entender isso. Outro ponto acertado foi o preço das peças. Tudo em conta, casando com a característica fast fashion da loja. A parceria uniu o melhor de dois mundos: glamour Kardashian a preço acessível. Méritos a Mrs. Kardashian West por saber escolher seus parceiros.
Engajamento é chave
Kim sabe disso. Ela poderia não ter vindo ao Brasil para lançar a coleção, por exemplo, mas veio, ainda que só por um dia. Um dos grandes trunfos da “rainha das selfies” é gerar engajamento das pessoas com sua marca. Para divulgar a coleção da C&A, por exemplo, a empresária participou de um dia de eventos que começou com a coletiva de imprensa e terminou com a apresentação das peças. Ela encontrou, conversou e fez selfies com fãs, blogueiras e personalidades brasileiras como Valeska Popozuda. Além disso, em seu Instagram, documentou os momentos mais especiais no Brasil, como a surpresa feita por seu marido ao enviar duas mil rosas para seu quarto no hotel em São Paulo. Manter um laço com os fãs é estratégico para Kim. E para qualquer empresa ou marca.
Hashtag é o novo marketing
Twitter, Facebook, Instagram, Snapchat. Cada momento da passagem de Kim pelo Brasil foi compartilhada nas redes. A C&A criou um hot site especialmente para quem não pôde ir ao evento conseguir acompanhar todos os passos da moça, atualizando as informações conforme ela fosse marcada em postagens nas redes sociais e através de hashtags relacionadas. Quase não foi preciso gastar com publicidade, ao menos inicialmente. A internet fez esse trabalho. Blogueiras e fãs presentes no lançamento naturalmente se encarregaram de espalhar imagens das peças e de Kim pelo Instagram, gerando o sentimento de antecipação em quem ainda teria que esperar 10 dias para a coleção chegar nas lojas. Resultado: filas de espera no Brasil inteiro no dia do lançamento nacional. Jogada de mestre.
Via Marcela Agra.